25 de março de 2009

Supervisão cênica: Celso Cardoso

"Minha supervisão cênica deveria ser um olhar de fora, crítico, objetivo e, no caso de um trabalho tão assumidamente feminino, de um homem. “Tramas Femininas” exigiu-me mais que isso: não foi possível não me encantar com os três fios da trança que se construía à minha frente a cada ensaio. Gestos, histórias e sons sempre divertidos, maliciosos, coloridos. Elas têm sempre algo a discutir, a acrescentar, a aprimorar. E tramavam, maquinavam, trançavam com energia, charme e criatividade indiscutíveis. E eu só olhando. De repente: “vamos deixar o Celso falar alguma coisa...” E pude ser cúmplice delas. O supervisor teve que conviver com o espectador envolvido. Não dá pra apenas “assistir” as “Tramas Femininas”. Se os espectadores fizerem isso, perderão o melhor delas. A recomendação é: deixe-se enredar, seja também cúmplice, conspire, teça junto, se entregue a essas “fazedeiras” de histórias."

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